"Que a vida não seja breve, e que seja bela e que seja plena. Que a boa sorte esteja convosco".
Tiras de quadrinhos fotográficos; desaconselhável para menores de cincoenta; recomendado ver no escuro, louco, em F11 e Ctrl +
11.24.2009
11.18.2009
11.17.2009
-E então, Mestre, resolveu a questão do sensível - quanto ao retorno do mesmo (sensível: “o que/quem experiencia”) após a morte do corpo que o mantém?
-“O abstrato é capaz de permanecer, o sensível não”: é assim que a maioria é levada a pensar. “O sensível se acaba para sempre”, parece nítido para o ser que "sente", desde que só dentro de um determinado corpo concreto isolado pode havê-lo, em outro corpo seria outro sensível totalmente independente e inacessível. Contudo, é de bom grado acreditar que o sensível seja passível de retornar após a morte do corpo que o encerra, desde que no próprio corpo acontece isso: o sensível se apaga e retorna a “sentir” ao lado do abstrato pensante que retorna a “pensar”, - isso se verifica ao acabarmos de acordar de um sono profundo. Há uma “morte” aí, parece que não porque pensamos em termos concretos, como se o concreto compusesse a única categoria do real. Ora, o sensível e o abstrato são tão reais quanto o concreto (prova disso: tanto o sensível quanto o abstrato são responsáveis por alterar as estruturas e movimentos do mundo, logo tem de ser considerados reais!). Essa morte diária (o apagão do sensível e do abstrato) durante o “dormir” é a mesma morte que os sepultos estão tendo no cemitério. O importante de toda essa proposta é isso: nós retornamos dessa morte diária, é fato; por que não poderíamos retornar da outra (a “eterna”) também? Compreende-me Joãozinho, o que quero dizer?
-Retornaríamos onde Mestre?
-Bem, suponho que tenha de ser neste mesmo mundo, não imagino nada diferente.
-Pensa em algum animal?
-Talvez um pássaro, parece que a liberdade deles é muito maior que a nossa (quando podem voar é claro!). E você João pensa em algo?
-Hmm, sei lá, talvez um gato... (Rsss).
-“O abstrato é capaz de permanecer, o sensível não”: é assim que a maioria é levada a pensar. “O sensível se acaba para sempre”, parece nítido para o ser que "sente", desde que só dentro de um determinado corpo concreto isolado pode havê-lo, em outro corpo seria outro sensível totalmente independente e inacessível. Contudo, é de bom grado acreditar que o sensível seja passível de retornar após a morte do corpo que o encerra, desde que no próprio corpo acontece isso: o sensível se apaga e retorna a “sentir” ao lado do abstrato pensante que retorna a “pensar”, - isso se verifica ao acabarmos de acordar de um sono profundo. Há uma “morte” aí, parece que não porque pensamos em termos concretos, como se o concreto compusesse a única categoria do real. Ora, o sensível e o abstrato são tão reais quanto o concreto (prova disso: tanto o sensível quanto o abstrato são responsáveis por alterar as estruturas e movimentos do mundo, logo tem de ser considerados reais!). Essa morte diária (o apagão do sensível e do abstrato) durante o “dormir” é a mesma morte que os sepultos estão tendo no cemitério. O importante de toda essa proposta é isso: nós retornamos dessa morte diária, é fato; por que não poderíamos retornar da outra (a “eterna”) também? Compreende-me Joãozinho, o que quero dizer?
-Retornaríamos onde Mestre?
-Bem, suponho que tenha de ser neste mesmo mundo, não imagino nada diferente.
-Pensa em algum animal?
-Talvez um pássaro, parece que a liberdade deles é muito maior que a nossa (quando podem voar é claro!). E você João pensa em algo?
-Hmm, sei lá, talvez um gato... (Rsss).
11.13.2009
ele chegou à porta e disse:
-poeta sou.
-o que quer, poeta? - disseram eles, desconfiados
- nada... e vocês, o que querem? - uma palavra de alivio ou uma palavra de estímulo, eu não as tenho, não vim para salvar
- fora então, poeta! - não estamos aqui para ouvir lamentos nem tampouco sermões desnecessários
ele então se foi para não
voltar
-poeta sou.
-o que quer, poeta? - disseram eles, desconfiados
- nada... e vocês, o que querem? - uma palavra de alivio ou uma palavra de estímulo, eu não as tenho, não vim para salvar
- fora então, poeta! - não estamos aqui para ouvir lamentos nem tampouco sermões desnecessários
ele então se foi para não
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11.09.2009
Um lobisomem que se transforma por dentro, não por fora. O lobisomem é um demônio solitário, selvagem, medroso, quieto, rebelde... Ele se sente culpado por ser/estar demônio - (um estranho no meio dos personagens de papéis comuns). O problema é que somente enquanto demônio/lobisomem consegue produzir idéias interessantes e depois passá-las para o papel; e isso para ele tem valor, pois que escrever é parte de sua vida, o sentido dela propriamente... Em estado normal limita-se a um tipo/personagem desinteressante, encerrado em inumeráveis bloqueios (conjecturas, objeções, empecilhos, subterfúgios), alguns até certo ponto aceitáveis, outros entretanto que não passam de puras ilusões ou traumas infantis, fáceis de desmascarar, de mostrar o lado hipócrita em que são construídos... O que para outros tais bloqueios se tornariam fáceis de romper, para ele são quase intransponíveis!
11.03.2009
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