11.09.2009


Um lobisomem que se transforma por dentro, não por fora. O lobisomem é um demônio solitário, selvagem, medroso, quieto, rebelde... Ele se sente culpado por ser/estar demônio - (um estranho no meio dos personagens de papéis comuns). O problema é que somente enquanto demônio/lobisomem consegue produzir idéias interessantes e depois passá-las para o papel; e isso para ele tem valor, pois que escrever é parte de sua vida, o sentido dela propriamente... Em estado normal limita-se a um tipo/personagem desinteressante, encerrado em inumeráveis bloqueios (conjecturas, objeções, empecilhos, subterfúgios), alguns até certo ponto aceitáveis, outros entretanto que não passam de puras ilusões ou traumas infantis, fáceis de desmascarar, de mostrar o lado hipócrita em que são construídos... O que para outros tais bloqueios se tornariam fáceis de romper, para ele são quase intransponíveis!