O menino chuta o castelo de areia na praia e pisa sobre trilhões de minúsculas pedrinhas sem dar a mínima...
Há mais estrelas no céu que grãos de areia nas praias, concluíram os astrônomos.
O mundo onde vivemos diante do imenso universo onde está inserido é uma pedrinha de areia. Por que alguém se preocuparia com ele?
Os padres e os pastores dizem que alguém se preocupa, não só com o mundo, mas também com cada ser que nele vive. Quão presunçosos são eles!
Tiras de quadrinhos fotográficos; desaconselhável para menores de cincoenta; recomendado ver no escuro, louco, em F11 e Ctrl +
6.26.2009
6.23.2009
Pressa é bobagem, há tempo para tudo desde que não há lugar algum para chegar. O dia é longo, tem a manhã, a tarde, a noite e a madrugada; dá para se fazer tudo o que precisa, com calma. Não faz sentido querer ser tão rápido, não há o ponto final, há apenas degraus.
Se não há ponto final, não há céu nem inferno.
Se não há ponto final, não há céu nem inferno.
6.20.2009
6.18.2009
-sonhei que morava num lugar onde ninguém acreditava em deus.
-então, nesse lugar, deus não existia?
-isso... nesse lugar deus não existia...
-a vida ali era ruim?
-não... a vida ali era igual aos lugares onde se acreditava em deus...
-quer dizer então que a diferença se resume em acreditar ou não?
-é... de resto, dá na mesma...
-então, nesse lugar, deus não existia?
-isso... nesse lugar deus não existia...
-a vida ali era ruim?
-não... a vida ali era igual aos lugares onde se acreditava em deus...
-quer dizer então que a diferença se resume em acreditar ou não?
-é... de resto, dá na mesma...
6.17.2009
6.09.2009
...e então, eis que a vi, a passos gentis, e seus caudalosos cabelos ao vento, a negritude dos cabelos longos cobrindo-lhe o rosto abaixado, e seus profundos olhos fixos no distante sem nada querer dizer... Eu me senti em brasa ao vê-la pelo retrosivor, seu olhar cruzando o meu – oh, donzela das noites claras de luar, oh donzela dos campos verdejantes dos meus sonhos, que faria eu se pudesse abraçá-la e consolá-la em meus braços - a certeza de possuir a mais bela das flores...
6.05.2009
Caro leitor, esse é um livro para poucos, lobisomens. O próprio autor é um. Como talvez você não seja, procure compreendê-lo com boa vontade e resignação. Lembre-se: não há esperança para seres assim. Lobisomens são medrosos, os humanos vivem a caçá-los. Há neles uma tendência ao suicídio. Como são medrosos não o fazem de uma vez: suicidam-se aos poucos, devagar. A dor passa a ser suportável.
Esse canavial as minhas costas - parecem alegres cada um dos pés-de-cana que se movimentam ao vento nesta manhã calma de sol, de um céu anil e nuvens claras de um dia maravilhoso... Coitados, ainda bem que não sabem, daqui a pouco, um mês ou dois, morrerão pela guilhotina ou pelo fogo...
- assim como nós...
Assinar:
Postagens (Atom)